Fernando Ulrich: regulação de criptomoedas é controle, não proteção
Uma das vozes mais conhecidas da comunidade de criptomoedas no Brasil, Fernando Ulrich, tem se pronunciado abertamente sobre as novas regras criadas pelo Banco Central para regular o mercado de criptomoedas. Ele acredita que essas mudanças visam, principalmente, “proteger os usuários”, mas alerta que há muito mais em jogo.
Recentemente, Ulrich lançou um vídeo no seu canal no YouTube chamado “Nova regulação de criptos do Bacen vai transformar o setor”, que já passou das 50 mil visualizações. Nele, o especialista expressa sua preocupação em relação ao que essas novas diretrizes realmente significam para o futuro das criptomoedas no Brasil.
Ele destaca que é preciso ter cuidado ao interpretar essa regulação, pois não se trata apenas de uma proteção aos usuários. Segundo Ulrich, o setor de criptomoedas há muito deixou de ser um “velho oeste” e agora a regulação parece ser uma forma de aumentar o controle. Isso, claro, gera um grande debate sobre as verdadeiras intenções do governo.
“Regulação das criptomoedas no Brasil tem um objetivo de controle não explícito nas normas”
Fernando Ulrich é um dos influenciadores mais respeitados no Brasil quando o assunto é criptomoedas, com uma base de 820 mil seguidores no YouTube. Mesmo assim, no vídeo, ele faz um pedido à comunidade: caso encontre erros em sua análise, que as pessoas se sintam à vontade para apontá-los.
Ele comenta que se preparou bastante para abordar o tema e explica que a nova regulação não só controla as empresas do setor, mas também cria um cenário que pode resultar em um controle macroeconômico de maneira implícita. Isso, segundo ele, pode levar à formação de um circuito fechado nas movimentações financeiras.
“Autoregulação do mercado oferece mais liberdade e privacidade que uma regulação estatal”
Ulrich defende a ideia de que a autoregulação pode ser uma solução mais eficaz para o setor de criptomoedas. Ele acredita que as empresas que atuam nesse mercado têm mais capacidade de se organizar e arcar com suas consequências do que um órgão regulador.
Uma das suas críticas é que, quando há a intervenção de um regulador estatal como o Banco Central, as empresas acabam pagando o preço das decisões. Para Ulrich, a solução vai além de mero controle — ele fala sobre a necessidade de mais liberdade e privacidade para os indivíduos.
“Claro que essa é uma visão mais filosófica. Eu sou um defensor da autorregulação, porque acredito que mais liberdade e privacidade colocam o cidadão em uma posição melhor”, diz ele.
Ele ainda reconhece que a realidade econômica brasileira é complexa e que diversas instituições, como a CVM e o próprio Banco Central, desempenham papéis importantes que não podem ser ignorados. Ele fala com propriedade sobre isso, já que é empreendedor, investidor e sócio de empresas envolvidas com criptomoedas.
Para aqueles que queiram entender melhor as nuances desta nova regulação e suas possíveis consequências, Ulrich oferece uma análise completa em seu canal no YouTube, onde discute diversos pontos relevantes para o mercado nacional.





